terça-feira, 8 de outubro de 2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Serafim Tiburcio da Costa

Abaixo Recortes de Jornais da época

1- Minas Gerais (orgão Oficial dos Poderes do Estado) Edição 0062  de 17/02/1895. Apura Fato que ocorreu em 10/02/1894.Com depoimento das testemunhas.


2-Minas Gerais Edição de 05/06/1896. Conflito em Manhuassu.




3- Minas Gerais Edição 174 de 02/07/1896  pag 3, 4 e 5. Titulo Conflito em Manhuassu.





4 - O Paiz de de 03/06/1896

5- Recorte de Jornaís Confusão no dia das eleições e Resultado das Eleições.


domingo, 6 de outubro de 2013

Datas de Fatos Marcantes

1-Loja Maçonica- 29/061896.

2-Assassinato do Sr. Antônio Zapalla.-1905

3-Assassinato de Amaral Franco. -1915

4-Assassinato de Evaristo Martins - 1930

5- Inauguração da Energia elétrica- 28/04/1918

6-Estrada de Ferro- 14/12/1915.


Fonte Livro: Manhuaçu (Rio e Município) de José Olinto Xavier da Gama.





quarta-feira, 18 de setembro de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Aldeamento dos Purís na Ponte da Aldeia

REGISTRO DE TERRAS DOS ÍNDIOS PURÍS

Transcrição

“O indios Puris possuem no Aldeamento do Manhuassu da Freguesia de Abre Campo, um porção de terras de culturas no lugar denominado Barra do Manhuassu e Sam Luis Compreendendo seis sesmarias mais ou menos, ........ . Divide-se pelo rio Sam Luis Abaixo com terras do Ribeirão das Palmeiras, Manhuassu acima com terras de Antonio Dutra de Carvalho, Sam Luis acima com terras da gameleira. 
Jatiboca quinze de Abril de 1856.
O Diretor Domingos José Alves de Souza.

Apresentado aos vinte e um de Abril de 1856. “

Seis Sesmarias 216000000m² ou 4500 Alqueires de terra.

Domingos José de Souza era o diretor dos índios na época.
Foi casado com Rita Maria Alves de Souza.
Residente e proprietário da Fazenda Jatiboca, na época Ponte Nova, Hoje  Urucania MG.
Fazenda de 1575  alqueires de terra  na época (cerca de 2 sesmarias), onde hoje é a usina de açucar e álcool JATIBOCA

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Materia do Jornal do Brasil Quando Foi 100 Anos de Manhuaçu.

Achei interessante a Materia Abaixo publicada no Jornal do Brasil de de 04/11/1977 quando Manhuaçu completou seus 100Anos.



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Recortes de Jornais Sobre a Igreja Matriz de São Lourenço.

Publicado no Jornal Liberal Mineiro Edição de 11/10/1883. Decreto da Assembleia Provincial de Minas Gerais, Liberando Verba Para a Construção da Igreja Matriz da Cidade de S. Lourenço do Manhuassu em 17/09/1883.



Solicitação de Verbas a Câmara Municipal para construção da Matriz. em 20/09/1883.
Publicado no Jornal Liberal Mineiro 



O Jornal A Provincia de Minas de 22/10/1887. 
Publicou o artigo Abaixo.


O Jornal A Provincia de Minas de 1890
Publicou liberação de verbas artigo Abaixo.


Uma Matéria no Jornal " A EPOCA" de 6/7/1913, publicou a Celebração de Missa Igreja Matriz de são Lourenço do Manhuassu( trata-se da Matriz Antiga pois Nova Foi construída a Partir de 1918), Pela Alma de Eloy da Silva Pontes. Pelo Padre " Lucas Evangelista de Barros". Matéria Abaixo.


Em 1918 Iniciou a Construção da Atual  e Majestosa Matriz de São Lourenço Que Foi Inaugurada com 4 dias de festa conforme noticias do Jornal "A Noite" em 20 e 25/09/1928



25/11/1938 Falece Monsenhor Gonsalez J. Brasil de 26/11/1938.



Fonte: BN













sábado, 17 de agosto de 2013

Recortes de Jornais Antigos sobre Aldeamento dos Índios em Manhuaçu

Aldeamento da atual Ponte da Aldeia Foi criado em 1843. Índios Reivindicam Terras Após mudança da Aldeia para Santa Rita do Itueto. Jornal Atualidade edição de 4 de junho 1879.


Mudança do Aldeamento para Etueto.  Jornal Atualidade edição de 4 de Abril 1879


Notícias sobre Aldeamento de Manhuaçu. Correio Oficial de Minas de 23 de Abril de 1857.


Notícias sobre Aldeamento de Manhuaçu. Correio Oficial de Minas de 14 de Janeiro de 1858



Notícias sobre Aldeamento de Manhuaçu. Correio Oficial de Minas de 12 de Abril de 1858


Jornais vistos no Site:memoria.bn.br.





quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Importantes Obras de Manhuaçu Antigo

Construção do Hospital de Manhuaçu foto de 1928




Igreja Matriz de São Lourenço em construção.



Estação ferroviária. 1915


quarta-feira, 31 de julho de 2013

CARTA DE JOÃO DA SILVA TAVARES AO GOVERNADOR em 1783

    Mais um documento do APM que Mostra que Houve Moradores em Santana do Manhuaçu nos Anos 1700.

   
Ilmº e excmº
Já dei parte a V. Excia do estado deste continente, e (...) vou também expor a V. Excª que não descuido dever se pois ... ....... Legalizados na portaria de 28 de janeiro de de 1783. Q me Remeteu o Ilmo e Exmo Sr D. Rodrigo Joze de Meneses, sendo Governador e Cap. General desta capitania os quais se tem adiantado na forma que desejo por temor do gentio(Indio), falta de guardas e munições que agora mando buscar, para em parte, (...) por o comando em Sta Anna do rio Maiguaçu Cujas picatas já mandei cortar para o rumo mais suave e perto d’aquele que seguiu o Ajudante Jose Joaquim de Siqueira e Almeida,  e não chegou a conseguir com abundancia de gente,por distante, e outros impossiveis q encontrou, e pretendo ver aquelle córrego outros seus adjacentes verificar pessoalmente a verdade dos ( ...)(...)verificados por vários mineiros e sujeitos que já La moraram no tempo da residência do defunto Sargto Mor Pedro Bueno (cacunda) q tirou abundancia de ouro a trinta ou mais anos, q lá morou refugiado; Sendo o meu principal intento não (...)  Reais e comuns interesses: Mas também o desejo deq severifique esta conquista a favor daqueles, que destituídos de particulares intenções procuravam (..) da Religião, como objetoprincipal das suas , e reais intenções de de Sua Magestade (...) na redução do gentio ao (...0 da Igreja, para gloria de Deus e aproveitando das suas almas e dos interesses que aspiram os povos na diligencia.
            A que mando proceder sem deichar de contemplar e serme esta ação batatemente sensível nas despesas, por ter só em meu sucesso(...) (...), e a limitação de alguns moradores (...); e de tudo que resultar ou houver neste continente de novo,darei parte a V. Excª como devoe tendo obrigação.
            Dos Índios que fugiram daqui ficou umcasal comcinco filhos, e uma índia cega, e outra que pretende casar-se com um soldado que foi pedestre  e senão tem efetuado esta diligencia por não haver previsto nas despesas dos papeis da parte dele, e todos precisados (...) espiritual por serem batizadosdecujas diligencia (...) do reverendo Pároco nas (...) (...),e os (..) com necessários para com vivencia da vida.
            Os Ilmos e Exemos senhores Generais Prodecessores de V. Excª recomendavam ação particular que as d´vidas, ainda no caso (...) haver os credores  por meio de justiça, qo regente (..) as partes, fazendo que os devedores depois de tirarem o q precisa para sua conservação, fossem satisfazendo do mais aos seus credores, pelo melhor meio que lhe determinava certas providencias, havendo alguma utilidade não deixaras de ser útil a (...).
            As estradas que vai deste continente( lugar) para a capital se acha incapaz de se viajarpoe ao ser limpa regularmente a bastante(muito) tempo, da ponte do rio doce para estas partes,os povoadores nãopodem fazer, mas divididas a extenção ao meio, que se (...) ser as passagems chamadas pinguelas, distantes da mesma ponte doze léguas(72KM) (...) (...) gente se poderá concluir em vinte dias, porpouco maisou menos , para serlimpas e fazer algumas pontes nos córregos; Se V. Excª por suas (...) piedade assim determinar ao cabo do destacamentoo Sebastião José Cordeiro, ou Alguém V. Excª por o serviço, por se dar cabo da ponte ( terminar  a construção) da ponte, perto das Comendancias de Antônio Dias e outras circunvizinhanças,nas quais há gente bastante a vadiar ( á tôa).
A Ilmª e Excª Pessoa de V. Excª Grande 
Cuithé 7 de Feverº de 1784.
Seu Menor Súdito

Ass João da Silva Tavares

sábado, 27 de julho de 2013

Carta do Ajudante de ordens Joaquim José de Siqueira e Almeida de 1782

Atualizado em 28/02/2016.

Carta de Jose Joaquim de Siqueira escrita em 21/07/1782, Fala de Santana do Manhuaçu e cita Pedro Bueno Cacunda que também passou na região anteriormente. Como êle diz na Carta que do Alvarenga ao Santana tinha trinta e Tantos córregos, o Ribeirão que ele cita é outro Ribeirão.  A Carta está disponível no Arquivo Publico Mineiro.


(29/08/2013)- Segue abaixo o que consegui transcrever de cinco Folhas da carta da Carta de José Joaquim de Sequeira e Almeida de 21/07/1782. Peço comentar caso tenha alguma divergência, pois tive dificuldades de entendimento, fiquei sem entender muitas palavras e alguma parte do texto ficou sem sentido. Procurei manter como estava escrito as Palavras. não sei se tinha erros de português ou se na época era assim mesmo. 


" Logo que cheguei a esta conquista me fui apiar na casa do coronel regte. E Vendo-o hum pouco consternado lhe expus em qual destino V Excª faria esta expedição por Intelig.(ideia) de sua Majestade; e em abono seu, e que eu  o vinha ajudar, e o que queria só hera se executasse as ordens de V Excia, e que me(eu) o Executor, ..lhedisse algumais para se dar principio as minhas diligencias: sequer eu q esta errado q se praticava ... , o faria entrar com gasto nesta expedição, mas cada vez mais o via mais frio e frouxo; pouco a pouco, fui examinando o seu animo, e Separando ........ me falava seu sabia q tinha mandado vir parte de sua esravatura, lhedisse  um dia se faria tenção de mandar vir sua fabrica, diseme, q não se tinha visto sitio enque podesse arrumar;  Então lhedisse q’ bem diziam os mineiros, q’ aqui não há ouro como queria me acreditar este continente se .. ... ...........odesacreditava; e que estando eu com mantimentos, pedestres, e munições e revendo este povo, não achava aonde estabelecer a sua fabrica, e como hera útil esta conquista aos mineiros, não tendo nenhum .... ..... .....:Vendo-se assim atacado singiu os ombros e q mandava vir vinte escravos, poucos dias depois chegaram e como eu lhetinha declarado q hia para Mayguassu seguindo ordem de V Exa, me preparava em segredo e o guarda mor João Manoel Pra hirem pra Sta Anna q
des angoa em sto Estevão.(naquela época não conhecia bem a geografia da região, se observar o mapa de 1779 mostra erradamente o sto Estevão. Na realidade Ribeirão Santana deságua é no Manhuaçu)
                Assim q cheguei a Sta Anna do Mayguassu e não achando o que deveria eqª apenas .... acomodar um serviço de 60 pessoas, Ordenei ao ....... da parte de V.Exa não mandar dar datas em Sta Anna e Sto Estevão, athe que não chegasse o Cap Joanico. Como avizou  V.Exa, pouco depois me chegou uma carta que não gostei, q motivou a carta inclusa, q depois de afazer .....  e arrependi de fazer, não por q confesso obrei mal, mas por q sei q as vezes a nos, e a influencia d’alguns, são a cauza das desordens desta conquista  e de ..........a S. Magestade. O Horror de cabedal que V Exa não ............. .
                Tem sido objeto desta conquista os índios, e examinando  o ....... acho de pedestres ......... , e q vivem cazados sem o serem, da por desculpa o q’ a ..... q tem a fazerem com a ...... da igreja He quererem as molheres vestidas com roupas bonitas; os quais compoe se de seis homens e 18 molheres e 12 pequenas hestes continuamente estão vivendo segdo as seus seitas e continuamente estão na sua sinagoga, He  tal indecencia em q as vi me obrigou a dar-lhe huma peça de ...... para cobrir sua desnudez. S. Magestade gasta hum cem numero de fazenda com estes homens MS se não mandar a  ... de fardamento por lista p cada hum anno deve mandar o regimento assinado por me e pelo vigário da freguezia , a conteplar com ate aqui q tem como destino cobrirem as molheres. Molheres meretrizes, e passarem com mais honrar a virgindade.
                Procurei pelas armas pertecente a s. Magestade e ferramentas q tinhao vindo para a conquista, e não achei sinão enxadas perguntando pelas primeiras dão se por desculpas o Rio, q tendo consumido algumas  serve ........... e sabendo  eu que setinha vencido hum em Antonio Dias abaixo q Mel Jose Dias tinha trazido para conquista quando ....... entrei averiguar aonde estava e acheia na mão da ............ este He o Rio q consome tudo e q ........ este...... . enquanto temos gasto com os índios na conquista e não há nenhuma............ e não haver um livro de receita e despeza, e depois não há de dar contas e finalmente se não sabe governar a se mal pode administrar a fazenda do rei.
                Há aqui hum monopólio de certas pessoas  q vem e si os gêneros q vem de fora e não se admite a ninguém mais este comercio para assim venderem por mor preço  ......................
.........................................................................................................................................................
Toda importância do dinheiro q tinha vindo para a pagando-se so aos que ficarem servindo, .........................ficando por histo algum soldado que estão trabalhando sem soldo: sendo preciso cobrir setecentas oitavas q sahíram com hum negociante Manoel Francisco a buscar fazendas cito logo sahio Mel Jose Dias pra com estes gêneros ............pagarem os soldados q todos se queixam estar sem remédios.
                               ............................ de baixas e alta aos soldados tem dado cauza .......abuzos V exca sabe q a poucos dias antes da minha partida recebi de V E uma lista de outenta e como não achei se não secenta examinei a cazo de não aver mais e achei q logo q soub e da minha vinda se deu baixa antecipadamente. R os escravos do Sobrº regente do....................dos treis capitaens e hum pequeno índio q andava na escola coutros: e para q eu não .........................não me quizeram dar conta pª não atentarem com .......a verdade dos fatos.
                Há outras cauzas q me não importam nem são são da inspeção que V. Exª  aqui me dirigiu porisso não notifico a V.Exª com elas porque ..................qto são sensiveis a V Exª estas desordens mas me paressem dgnas de providencias.
                Chegou Finalmente o celebre Cap Joanico q veio p esta conquista como Exma Pessoa ...........V Exª para Lhefazer mostrar a grandeza do Mayguassu e Seus Corregos depois de ter explorado todo o sertão do rio Doce até Sta Anna q dizia sabia e trouxe  por produtos da sua deligcª jornais pra meia oitava por semana e não por dia como eu avizei a a V Excª o cap permitia (confirmava).
                Estando eu perplexo por ter dirigido os primeiros estabelecimentos para aquela paragem por ver o córrego de Sta Anna Lavrado athe sua cabeceiras e sucavado de huma contra a marge por Pedro Bueno pra examinar se subiao  gupiaras (faisqueiros): Chegou me avizo dos cabos q ficarao na feitoria do caminho q se tinha parado avia doze dias , por chegar huma serra q não ademetia passagem por parte alguma e q querendo cortala refizeram oitente e tantas noites e não poderam conseguir por ser daí athe acima contra ..... equerendo procurar rodeio por outra parte não foi possível achar-se: logo sem perda de tempo marchei a providenciar esta confuzão , encontrado o rio eu pude vencer em huma so canoa em quatro dias a que me levou dez e achei q principiavam nova estrada por outro rumo q fiz logo suspender, e imediatamente mandar abrir o caminho q sefez PA VEcxª hir aos córregos de sto Antonio e Alvarenga prª hir a sentar os serviços no de Sta Anna q dês angua em sto Estevão coma já avisei a V Excª.
                Este passo errado me atrazou muitop a estabelecimento em continuadas chuvas aoudão a dilatar as idéias ..........de V Excª e a continurem athe eu desanimarei deconceguir desta obra tão útil.
                Para de huma vez cessarem as ideiasd q se tem levantado a esta pobre terra, e para VExcª conhecer de huma vez o que conteina  enviei este .... ..... fiz explorar de Sta Anna de Mayguassu athe o Alvarenga, trinta e tantos córregos q...... nas suas barras pobremente, mas athe isto não quero q fique sem ver suas cabeceiras e recomendei q se fizesse co.... .... pondo-as de acordo de ... ... .." 
.

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/brtacervo/brtacervo.php?cid=917

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Medição da Estrada Vitória a Vila Rica em 1818.

Transcrição do documento feito por: Secretaria do governo em 2 de Dezembro do 1818. — O encarregado do expediente, Manoel dos Passos Ferreira. 


           Medição da estrada que do cachoeira do rio Santa Maria, termo da capital , segue através do sertão á Villa-Rica de Minas Geraes, aberta sua trilha em 14 de Setembro de 1814 pelo tenente- coronel graduado Ignacio Pereira Duarte Carneiro por determinação do governador Francisco Alberto Rubim.
Tem esta estrada 71 legoas e tres quartos de 3,000 braças cada uma. Da cachoeira do rio Santa Maria até o quartel de Bragança tem tres quartos e 200 braças: esta distancia é a rumo de S. acompanhando o rio Curubixá, subindo sempre até chegar ao quartel de Bragança , ficando por consequência a estrada ao S. do rio Santa Maria.
 De Bragança ao quartel de Pinhel 3 legoas e 550 braças: a tem um ribeiro que desagua para o mesmo rio no fim da primeira legoa, atravessa a estrada outro pequeno rio, todos são braços do rio Santa Maria , vão a N. esta legoa, e as 550 braças ó a rumo de O. : a segunda legoa tem quatro montes e a mais distancia é por ilhargas e várzeas entre serras na distancia de legoa e meia contada de Bragança para dentro, tem um rio da largura de um tiro de pedra , e da agoa acima do juelho em tempo sèco e vem do Sul: distante d'este um quarto de legoa tem outro rio, porém não atravessa estrada, vem de O. ao lado direito da estrada, o no mesmo ponto desce um córrego que desagua, no mesmo rio, e em distancia de 20 braças tem outro córrego que também vai ao mesmo rio: a distancia das 20 braças c de um córrego a outro: onde faz duas legoas e um quarto tem um rio chamado Surucucú: os últimos Ires quartos de legoa tem tres pequenos montes e uma serra : todas as aguas vão ao N. do rumo da estrada a O.
                De Pinhel até o quartel de Serpa Tem tres legoas: junto a Pinhel teia um rio que atravessa a estrada, e junto ao quartel uni córrego que corre para o mesmo rio: tem estas Ires legoas cinco montes e duas serras e uma delas é a serra grande, isto é, a dos Aymorés que dista de Pinhel uma legoa: a L. da serra tem um pequeno rio , e a um córrego, e todos os mais montes e serras em baixo tem um maior ou menor. Todos os matos são de taquaras e não ha um lugar em todo este sertão onde não deixe de haver taquara : as matas todas são de uma natureza, exceptuando as margens do rio N. que difere em tudo, tanto em madeiras como em bondade de terreno para cultura: em distancia de duas legoas e meia tem outro rio pequeno; junto ao quartel de Serpa tem um rio que pôde navegar canòa ; este mesmo rio atravessa a estrada tres vezes, tudo em distancia de meia legoa.
 De Serpa ao quartel do Ourem tres legoas, tem tres ribeiros, um em distancia de uma legoa. o qual atravessa mais adiante no córrego de mármore ; outro em distancia de duas legoas e o ultimo abaixo da serra da Guia. Esta serra dista de Serpa duas legoas e um quarto, com pouca diferença. Junto ao quartel de Ourem tem um e deste ponto até Ourem é a S. quarto de Ourem. De Ourem ao quartel de Barcellos tres legoas, tem cinco pequenos montes: em distancia de duas legoas está a Pedra de Crystal: junto ao marco de legoa n.° 12, da Pedra de Crystal, ou para mais clareza, de Ourem a duas legoas e meia segue a estrada a rumo de S. quarta de O., a ultima meia legoa é a S., nesta meia legoa tem um rio que supponho ser o de Mangayari. De Ourem para Barcellos todas as águas vão a S. Setecentas braças ao N. do quartel de Ourem, é a estrada cortada pela nova queda povoação de Vianna, termo da vila da Victoria, na margem septentrional do rio Santo Agostinho, segue para esta.
De Barcellos ao quartel da Villa-Viçosa são 3 legoas, tem somente um monte o uma serra, e esta tem somente descida. Junto a Barcellos passa o Ribeirão-Grande, o qual ó braço do rio do Jem, braço do norte. A serra está distante de Barcellos uma legoa e um quarto; chama-se serra do Engano. D'este ponto até Villa-Viçosa tem vários córregos, que todos formam o rio do dito quartel, braço do rio Jem. Estas 3 legoas é a rumo de sudoeste 4.' d'0.
 Da Villa-Viçosa ao quartel de Monforte são 3 legoas, e tem tres serras, e dous pequenos montes. Segue o rumo até distancia de meia legoa a sudoeste 4." d'0., e as duas legoas e meia a sudoéste; porém todos os atalhos que se fizeram foram ao lado direito d'este rumo afim de desviar a serra dos Aflictos, e a Pedra Queimada, que tudo ficou ao lado esquerdo defronte de Villa-Viçosa; a uma legoa e tantas braças atravessa se um rio chamado dos Patos, que supponho ser, ou o rio de Piuma, ou o braço do rio Itapemirim. Mais adiante d'este, 30O braças, tem um ribeiro que desagua para o mesmo, e acompanha a estrada mais de um quarto de legoa, por vir entre duas serras de pedra, e pelo mesmo lugar é feita a estrada, e chamado este ponto— Estreito da estrada do Rubim —, lugar que indispensavelmente se ha de n'elle passar sem ter outro desvio: em distancia de duas legoas tem outro ribeiro, o junto a Monforte um pequeno rio, braço do Itapemerim. somente; outra distante do mesmo quartel uma legoa, somente descida, e é a serra de S. João; a ultima em distancia de legoa e meia ; da parte de léste d'esta está o Córrego-Rico, e do lado d'oeste o pequeno rio, que tem muito cascalho em abundância, que mais parece ter sido lavrado, do que enchurrada d'agua. Embaixo da serra de S. João tem um pequeno rio. D'esta serra até Souzel todos os córregos o rios desaguam para o rio do norte, onde se acha situado o quartel de Souzel. O rumo de Monforte até Souzel ó a  sudoeste; porém os atalhos todos foram tirados da parte esquerda do rumo afim de evitar a grande curva que fazia quando voltei com a picada, ou a deixei, c segui rio abaixo.

Do quartel de Souzel até a travessa do Rio-Pardo tem 4 legoas, e tem somente uma subida, que c a serra da cachoeira do Rio Pardo, o também não tem rumo certo por acompanhar a margem do rio. Do Rio-Pardo ao rio Guandu(José Pedro), 7 legoas a rumo d'oeste. Este rio póde-se com certeza dizer que é o mesmo Guandu(e não é, é Rio José Pedro) : toda esta mataria é de taquara. Do rio Guandu (José Pedro) ao rio Giquitibá 3 legoas. Este rio com certeza  suppôe será cabeceira do rio Manassu. Do rio Giquitibá ao rio S. Luiz 3 legoas, e sempre a rumo d'oeste. Este rio também ó braço do Manassú. Do rio S. Luiz á serra, onde se acha o quartel novo, duas legoas: tem somente uma pequena levada. Deste quartel ao quartel de Manassú, 3 legoas e três quartos, tem somente uma pequena levada á ilharga da serra dos Fojos da parte do sul, e o mais é tudo várzeas e chapadas, sem ter um tope. Tem tres braços de rio que forma o rio Matipó. Do quartel de Manassú a outro braço do rio Matipó, legoa o meia. Do rio Matipó à Cachoeira-Torta é toda de subidas e descidas. Da Cachoeira-Torta ao quartel geral da Casca, 3 legoas sempre a rumo doeste, e os matos todos são taquaras. Do quartel da Casca á Ponte-Nova são 6 legoas, tudo ja povoado. Da Ponte-Nova á freguesia do Forquim, 7 legoas, a rumo d'oeste, tudo povoado...  . Secretaria do governo em 2 de Dezembro do 1818. — O encarregado do expediente, Manoel dos Passos Ferreira.  

Fonte: Revista do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro. no http://books.google.com

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Manhuaçu Antigo

Manhuaçu, Minha Cidade Natal. Era Povoada Pelos Indios Tupís (Purís) Aldeados no Bairrro atual Ponte da Aldeia. Foi Iniciada a colonização no início do século 19, há Registros de passagem de Portugueses antes, conforme Carta de Pedro Bueno Cacunda, porém o proprio teve duvidas da localização.


  Abaixo a primeira foto que se tem notícia. http://www.programamaoamiga.com.br/2011/11/o-escritor-bibiano-descobre-a-mais-antiga-foto-de-manhuacu/.



 Abaixo outra Foto Antiga.http://www.achetudoeregiao.com.br/mg/manhuacu/historia.htm


Outra foto antiga de 1898







Apontamentos da Visita Episcopal de 1886 na Província do Espírito Santo D. Pedro Maria de Lacerda

Transcrição dos Manuscrito” Apontamentos da Visita Episcopal de 1886 na Província do Espírito Santo D. Pedro Maria de Lacerda”

Nos dias 23 e 28 de novembro de 1886, conversou com o Vigário de Manhuaçu sobre as divisas dos estados do Espírito  Santo e Minas Gerais envolvendo as áreas dos Bispados de Mariana e do Rio de Janeiro. Sita que um erro no documento do Vigário fazia a Matriz de Manhuaçu estar no Estado do Espírito santo.

                                                      (Extraído do Volume 3 - 24 de julho de 1886 a 28 de março 1887)
Terça-feira 23 de Novembro: Disse Missa. Mais tarde fiz prática ou sermão e crismei 36 pessoas. O Pe. Rafael saiu para dizer Missa e dar comunhão a uma enferma que não pôde vir, e mora além do rio uma légua já no Bispado Marianense. Foi ele por ter privilégio como Missionário Jesuíta. Veio visitar­-me o Vigário de S. Lourenço de Manhuaçu Pe. Manoel Moreira da Silva. Mostrei-lhe a resposta autógrafa do Sr. Bispo Viçoso em resposta à minha consulta de 12 de Outubro de 1872 na qual me diz que o Príncipe é do Bis­pado do Rio de Janeiro e li-lhe cinco documentos oficiais (cópias) em que se diz abertamente que Príncipe é Província do Espírito Santo e José Pedro é divisa das Províncias. O Vigário reconheceu que assim deve ser e que errados vão os que pensam diversamente, e ele era um desses, e tem administrado Sacramentos da banda de cá, por pensar que não o Rio mas as vertentes é que separam Províncias e Bispados. Deu-me para ler um Tratado de Geografia descritiva especial da Província de Minas Gerais por José Joaquim da Silva publicado no Juiz de Fora em 1878. Eu a não conhecia; tem 178 páginas (em formato de 1 palmo) dá bastantes notícias; mas infelizmente tem erros, e até contra a mesma Província, por exemplo diz que a divisa é pela margem esquerda do Manhuaçu até sua barra no Doce; não é tal e pelo con[p. 217]trário Minas alarga-se um pouco mais. Diz que o Manhuaçu deságua no Rio Doce no ponto da divisa de Minas com Espírito Santo; não é assim, pelo contrário deságua mais acima da divisa, que é a pedra do Urubu mais rio abaixo onde eu estive em 1880 e é reconhecido pelos moradores do lugar.

Quinta-feira 25 de Novembro: Disse Missa, e mais tarde crismei 2 crianças. Não saí hoje mesmo por causa da roupa lavada. O Vigário de S. Lourenço do Manhuaçu voltou hoje. Vai convencido que ao menos no curso superior do José Pedro, este separa as Províncias; vai tendo visto a letra de D. Antônio Viçoso Bispo de Mariana, que me disse parecer-lhe ser o Príncipe do Bis­pado do Rio de Janeiro; leva o seu Tratado de Geografia de Minas [p. 218] corrigido por mim com vantagem de Minas, cujo território o mesmo Tratado diminui; vai tendo visto contradições no mesmo Tratado, e convencido que tal livro em vez de dar o Príncipe a Minas deveria tirar de Minas a própria Matriz de Manhuaçu, porque erradamente diz que as Províncias se dividem pela margem esquerda do Manhuaçu das cabeceiras deste até sua barra no Doce. Volta o Vigário persuadido que não deve Minas pretender o alto José Pedro como sendo todo Mineiro. O Vigário me contou horrores do tal Fr. Miguel Ângelo... que andou por sua Freguesia... Hoje estive quase a ir ver a cascata chamada do Germano, duas léguas daqui rio abaixo, mas... não fui. Além desta cascata há outra mais longe chamada da Fumaça. Germano é nome de um morador ali; Fumaça é porque em razão da altura da queda.